15 janeiro 2010

Contexto histórico, sócio-econômico e cultural

             
            A origem do município de Queimadas data do início do século XVIII quando se deu a interiorização da agropecuária no nordeste. O território foi concedido, a Pascácio de Oliveira Ledo, como recompensa das atividades de conquista dos sertões e às guerras praticadas contra os índios em favor da coroa portuguesa. Contudo foi só a partir de 1889 que ocorreram as chegadas das primeiras famílias, sendo distrito de Campina Grande até 14 de dezembro de 1961.

            A cidade possui um riquíssimo patrimônio cultural, material, imaterial e natural: composto pela Serra do Bodoptá, que possui uma grande diversidade de espécimes vegetais e cerca de oito sítios arqueológicos pré-históricos; além de edificações antigas, do final do século XIX e início do XX, que compõem o desenho urbano da cidade. Entre as manifestações culturais podemos citar ainda o coco-de-roda, tradição com mais de duzentos anos, com características herdadas das culturas indígena e africana, amplamente praticada nas zonas rurais, principalmente nas novenas de terno, evento religioso que junta aspectos das três culturas formadoras de nacionalidade brasileira.
                   
               A Zona Rural de Queimadas é formada por diversos Sítios, que não oferecem nenhum equipamento de cultura e lazer para as comunidades. As famílias são numerosas, entre 6 e 8 filhos vivendo em situação de miserabilidade social, sem acesso a água, sobrevivendo do Programa Bolsa Família e trabalhos informais. 



            As crianças e jovens ficam ociosos as margens da rodovia, de alta periculosidade, correndo risco de vida, e os adultos tem como única opção de lazer a sinuca no bar. Neste sentido o Grupo Escolar e o Instituto Casa do Sol são os espaços disponíveis do entorno, para a realização de encontros e atividades culturais, educacionais e sociais. 

                
              O Instituto Casa do Sol está instalado no Sítio Soares, as margens da rodovia PB-102, podendo estabelecer relações com outras comunidades, moradoras de sítios circunvizinhos como Gangorra, Caracolzinho e Riacho do Meio.